Doença causada por um vírus do grupo Arbovírus. Há a forma urbana ou comum transmitida aos seres humanos pelo mosquito vetor Aedes aegypti e a forma silvestre em áreas de matas ou sua proximidade, sendo que macacos e animais silvestres são o reservatório.
Há um período de incubação de 3 a 6 dias em que o vírus já circula no sangue.
Os sintomas nas crianças maiores são semelhantes ao dos adultos:
Primeira fase com Febre Alta. Pode se acompanhar de calafrios, dor de cabeça, dores na nuca ou nas costas, dores musculares, rosto vermelho, conjuntivite e sensibilidade à luz. Também dores abdominais e vômitos.
Segunda fase depois de 2 a 3 dias com manutenção da febre alta mas junto com palidez, prostração, língua seca e escura, icterícia progressiva ( Ficar amarelo). Podem ocorrer hemorragias na pele e nas mucosas. O coração e o rim podem ser afetados.
São muito comuns as formas leves, em que a segunda fase é muito discreta. Pode haver um período de calmaria entre as duas fases.
Nas crianças menores o quadro pode se complicar com sintomas neurológicos como convulsões. Mas felizmente isso é raro. Nos pequenos predominam as formas leves: Febre alta súbita e vômitos. Em 2 a 3 dias o quadro se dissipa. A segunda fase nos pequenos, quando ocorre, é caracterizada por distúrbios mais graves como a hemorragia, convulsão, manifestações gastrintestinais, renais e hepáticas e icterícia.
O tratamento deve seguir repouso no leito, rehidratação em caso de vômitos e em manifestações sérias a hospitalização.
A vacina confere imunidade em 7 a 10 dias e dura pelo menos 10 anos.
A homeopatia foi usada largamente durante epidemias de Febre Amarela. Em 1888 o médico João dos Reis descreveu bos resultados com o uso de medicamentos homeopáticos. Ele usou na época com grande sucesso:
Aconitum : Para forma febril com piora a noite
Belladonna + Veratrum album : Para febre, cefaléia, dor lombar, calafrio
Nux vomica : Para prostração, cefaléia retro ocular, vomitos, dor epigástrica.
Lachesis: Para complicações hemorrágicas
Na FHB usamos muito o Cadmium sulphuricum.
Esses medicamentos servem para os sintomas já instalados. Não são preventivos da patologia!
Hoje com a experiência acumulada dos homeopatas ao longo dos anos e com o acesso aos repertórios modernos, possuímos muitos outros medicamentos que podem ser mais específicos para cada sintoma.
Temos também medicamentos homeopáticos que podem ser usados para amenizar os efeitos colaterais da vacinação e também há o DETOX CEASE para ser usado nos pacientes com autismo para retirada dos paraefeitos mentais e comportamentais que porventura possam advir da vacinação. Mas a minha recomendação é vacinar sempre.
Tenho recomendado aos pacientes o uso de medicamentos para prevenção dos sintomas de reação às vacinas mas lembro a todos que não há vacina homeopática como vejo divulgado em alguns comentários em internet ou fora dela. Depos da vacinação poderemos fazer o CEASE para diminuir os efeitos indesejáveis.
O uso dos repertórios homeopáticos nos levam à medicamentos que podem, em conjunto, ajudar no manejo e até na prevenção de alguns sintomas. Recomendo que procure seu homeopata se desejar saber sobre isso.
O infectologista Edmilson Migowsky em entrevista para o site sputniknews pelo jornalista Igor Zarembo, argumenta que" " a imunização é segura e causa, no máximo, reações não esperadas para quem tem mais de 59.
"Quando tomada pela primeira vez, [a vacina pode] provocar maior incidência de efeitos adversos, até de maior gravidade, quando se compara às pessoas com menos de 60 anos. Mas não chega a ser um risco que torne proibitiva a vacinação [em pessoas com mais de 60 anos]. Portanto, aconselho a vacinação para esta faixa etária".
Dúvidas também existem em relação às gestantes. Para o infectologista, as circunstâncias em que as grávidas se encontram determinarão a necessidade da imunização:
"Se risco da grávida adoecer de febre amarela for muito grande. Normalmente, evita-se vacinar a gestante nos três primeiros meses de gravidez (em que o risco de aborto espontâneo é grande mesmo sem relação com a vacina) mas, se a situação for de elevado risco e esta gestante não apresentar alergia, ela pode e deve ser vacinada", explica.
Brasil tem 42 mortes por febre amarela confirmadas em 2017
A vacina só deve ser evitada em mulheres amamentando crianças com menos de 6 meses, bebês abaixo desta idade, pessoas com alergia grave a ovo e paciente com baixa imunidade (como pessoas sob tratamento de quimio e radioterapia, receptores de corticoides e infectados pela AIDS), explica o profissional. Migowski faz ainda um alerta sobre a letalidade da doença.
"A febre amarela mata de 30 a 50% dos infectados. 30 a 50 pessoas em cada grupo de 100. A letalidade da febre amarela não é tão pequena quanto a dengue mas é bem inferior à da raiva. Não dá para negligenciar uma doença de tamanha gravidade", afirma.
Propagação da doença
Macacos têm sido apontados como também responsáveis pela propagação da doença. Circula na internet um áudio em tom cômico em que uma brasileira pede imunização contra "a febre do macaco" e argumenta que os primatas deveriam ser tratados. Na verdade, estes animais são maiores vítimas dos mosquitos transmissores, já que são os primeiros a serem infectados pela doença.
“O macaco funciona para a febre amarela como funciona a sirene de alarme nas comunidades que apresentam risco de desabamentos em razão de fortes chuvas. Se as sirenes soam nestas comunidades, é porque o risco é grande. A situação é similar: se há macacos mortos em determinadas regiões, eles são sinais claros de que foram contaminados pela febre amarela silvestre. Logo, o macaco não é transmissor da doença e sim, vítima. Os vetores desta doença são sempre os mosquitos (no caso da febre amarela silvestre, os mosquitos Haemagogus e Sabethes, e no caso da febre amarela urbana, o Aedes Aegypti). Os mosquitos contaminam os macacos por serem alvos mais fáceis do que os primatas humanos já que gostam de ficar no alto das árvores", explica."